COERÇÃO SOCIAL.
Inibe o verbo a fratura social exposta,
Exalando sua essência fétida,
Onde a ambição s'expande,
E a vida se deforma,
Em pútridos vermes governamentais,
Que se ornam de falsa democracia,
Marginais engravatados,
Déspotas, ditadores hipócritas e irracionais,
Que se auto-afirmam cristalizando o mau,
Miserabilizando ignóbeis crédulos,
destruindo seu povo,
patrimônio nacional.
(Mônicka Christi)
Tenho defendido que a educação ocorre de duas maneiras. Ela pode libertar, ou pode servir a interesses. A educação pode servir para manobra e coersão social. O poema acima demonstra de maneira espetacular esta realidade.
Tal situação ocorre, porque a educação é um processo que nos acompanha durante toda a vida e em todos os lugares, de todas as maneiras. Não podemos ser negligentes e irresponsáveis. A educação é nossa responsabilidade. A educação realizada nos bancos escolares é de responsabilidade dos gestores. E aí, igualmente não podemos ser negligentes, pois na verdade a escolha é nossa. OPRIMIR OU LIBERTAR, você escolhe, você muda. A realidade não é a ideal, porém, mais importante que o lugar onde estamos, é onde queremos chegar.
ROTEIRO
Parar. Parar não paro.
Esquecer. Esquecer não esqueço.
Se carácter custa caro
pago o preço.
Pago embora seja raro.
Mas homem não tem avesso
e o peso da pedra eu comparo
à força do arremesso.
Um rio, só se fôr claro.
Correr, sim, mas sem tropeço.
Mas se tropeçar não paro
- não paro nem mereço.
E que ninguém me dê amparo
nem me pergunte se padeço.
Não sou nem serei avaro
- se carácter custa caro
pago o preço.
Esquecer. Esquecer não esqueço.
Se carácter custa caro
pago o preço.
Pago embora seja raro.
Mas homem não tem avesso
e o peso da pedra eu comparo
à força do arremesso.
Um rio, só se fôr claro.
Correr, sim, mas sem tropeço.
Mas se tropeçar não paro
- não paro nem mereço.
E que ninguém me dê amparo
nem me pergunte se padeço.
Não sou nem serei avaro
- se carácter custa caro
pago o preço.
Sidónio Muralha, "Poemas" Editorial Inova, Porto, p.196